domingo, abril 23, 2017

Deja vu II















Respiro um ar emprestado...
sob as vestes que outrora...
vestiram alguns ideais.

saber de onde vieram?
até arrisco que sei!
pra onde vão... não mais.

persigo rastros já gastos...
que levam a lugar algum.
aguarda-me destino?
nenhum.

repetir de gestos,
repisar de fatos,
peso sobre ombros,

incessante exercício:
vagar entre escombros.
na dor recorrente insisto:
erguer-me após os tombos.

Até sempre?
Até quando?


Sônia Anja

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