por motivo de força menor
declaro-me "morta"
zerada, exaurida, apagada
para este triste mundo novo
o cotidiano está a cada dia
mais podre... medíocre...
mediano
aponta-me o caminho do silêncio
o canto frio do esquecimento.
belisco a alma e constato
foi-se o sentimento.
meu lugar é o limbo...
dos poetas sufocados...
meu lugar é no fogão,
a mediocridade...
e o pão
não adianta gritar cercada
de "aborígenes":
--nem só do pão
vive-se.
indignamente
e o pão
não adianta gritar cercada
de "aborígenes":
--nem só do pão
vive-se.
indignamente
sobrevive-se.
meu destino cumpriu-se.
sou escadaria...
e nunca chegarei ao topo...
da sabedoria.
estes primatas com os quais reparto a "vida"
estão preocupados apenas em
comprar, comer, defecar e morrer.
vence o mais forte!
gastou-me a bateria.
e não quero "sobreviver"
Sônia Anja
meu destino cumpriu-se.
sou escadaria...
e nunca chegarei ao topo...
da sabedoria.
estes primatas com os quais reparto a "vida"
estão preocupados apenas em
comprar, comer, defecar e morrer.
vence o mais forte!
gastou-me a bateria.
e não quero "sobreviver"
Sônia Anja
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